
O ciclo de manutenção da dor é um processo complexo que envolve fatores físicos, psicológicos e sociais.
Quando a dor se torna crônica, ela pode criar um ciclo vicioso que perpetua o sofrimento.
Esse ciclo pode ser interrompido com abordagens multidisciplinares, como fisioterapia, terapia psicológica e mudanças no estilo de vida.
Dor inicial: Pode começar com uma lesão ou condição médica que causa dor.
Respostas emocionais e psicológicas: A dor contínua pode levar a sentimentos de ansiedade, depressão ou catastrofização, o que intensifica a percepção da dor.
Alterações comportamentais: O medo de sentir dor pode levar ao sedentarismo ou à evitação de atividades, o que enfraquece os músculos e agrava a dor.
Impacto no sono: A dor pode prejudicar a qualidade do sono, resultando em fadiga e menor capacidade de lidar com o desconforto.
Dependência de medicamentos: O uso excessivo de analgésicos pode levar à tolerância ou dependência, complicando ainda mais o tratamento.

Everton Andrade
Terapeuta comportamental
Acompanhe mais pesquisas e estudos abaixo.
Situação/Gatilho: foi convidado a apresentar um projeto estratégico para um grupo de clientes importantes durante uma videoconferência.
Pensamento automático: "Não vou conseguir responder às perguntas deles e vão perceber que sou um impostor."
Emoções: Ansiedade extrema, nervosismo, sensação de inadequação, medo de ser julgado negativamente, frustração.
Comportamento: procrastina a preparação para a apresentação, evitando pensar nos detalhes do projeto. Durante a videoconferência, ele se limita a ler os slides mecanicamente e evita contato visual ou interação com os clientes.
Consequência: A apresentação parece desconexa e sem entusiasmo, o que gera menos engajamento dos clientes. Isso reforça a crença do paciente de que ele é incapaz de executar tarefas complexas, aumentando o medo em situações futuras e perpetuando o ciclo de ansiedade e autocrítica.
Esse cenário mostra como pensamentos e emoções negativas podem influenciar comportamentos desadaptativos, além de destacar a importância de estratégias para quebrar o ciclo, como preparação adequada, prática de relaxamento e apoio psicológico.
Everton Andrade - Terapia comportamental - Presencial ou online
Situação: A pessoa sofre de dor crônica e está ansiosa para realizar uma entrevista de emprego importante.
Pensamento automático: "Se eu sentir dor durante a entrevista, vou parecer incompetente e ninguém vai me contratar."
Emoções negativas: Ansiedade intensa, medo de fracassar, sensação de inadequação.
Comportamento desadaptativo: A pessoa pode evitar a entrevista ou adotar uma postura defensiva, como não mencionar suas qualidades ou habilidades, devido à preocupação excessiva com a dor.
Consequências que reforçam o ciclo: Ao evitar a entrevista, ela perde uma oportunidade e alimenta a crença de que sua dor impede o sucesso. Isso aumenta a sensação de incapacidade e perpetua o ciclo de dor e sofrimento.
Esse cenário destaca como é essencial interromper o ciclo
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
é uma abordagem psicológica baseada na ideia de que nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos estão interligados.
No contexto da dor crônica, a TCC busca ajudar as pessoas a desenvolverem estratégias para gerenciar a dor de forma mais eficaz.
Essa terapia tem mostrado resultados positivos em muitos casos de dor crônica, ajudando as pessoas a se sentirem mais capacitadas e a recuperar o controle sobre suas vidas.
Identificação de pensamentos automáticos negativos: Muitos indivíduos com dor crônica desenvolvem padrões de pensamento como "Isso nunca vai melhorar" ou "Eu não consigo fazer nada". O terapeuta ajuda a identificar esses pensamentos que podem piorar o sofrimento.
Reestruturação cognitiva: Após identificar os pensamentos negativos, a TCC ensina maneiras de substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos, como "Posso fazer mudanças para melhorar minha qualidade de vida" ou "Tenho controle sobre alguns aspectos da minha dor".
Técnicas de enfrentamento: A TCC inclui habilidades para lidar com a dor, como mindfulness, relaxamento muscular progressivo e práticas de autocuidado.
Modificação de comportamentos: O terapeuta ajuda a desenvolver comportamentos que promovam o bem-estar, como retomar atividades gradualmente, estabelecer metas alcançáveis e reforçar hábitos saudáveis.
Foco em emoções: Muitas vezes, a dor crônica está associada a emoções intensas, como medo ou raiva. A TCC fornece ferramentas para gerenciar melhor essas emoções e reduzir o impacto delas na experiência da dor.
REFERÊNCIAS
Um artigo publicado na SciELO Brasil explora a associação entre dor crônica, força muscular, níveis de estresse, sono e qualidade de vida em mulheres acima de 50 anos. Ele destaca como a dor crônica pode impactar negativamente parâmetros biopsicossociais.
https://www.scielo.br/j/fp/a/9gCbgW4NtgPB69rmjPsnXVg/
Outro estudo, disponível na PePSIC, apresenta uma revisão integrativa sobre dor crônica e possibilidades de intervenção no contexto da psicologia. Ele analisa abordagens psicológicas e educacionais para o manejo da dor.
https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812024000100408
Os resultados apontaram para um conjunto de intervenções psicológicas baseadas na psicoeducação para o manejo da dor crônica. Observou-se diferentes abordagens de programas de controle e educação em dor e modalidades de intervenção grupal e individual. A psicologia apareceu vinculada ao trabalho multiprofissional e à proposta da integralidade do cuidado, com destaque às estratégias alternativas e não farmacológicas para o enfrentamento da dor. Os estudos analisados evidenciaram que as experiências de dor são impactadas pelos aspectos psicológicos, tensionando decisivamente a dimensão biológica de compreensão da dor.
https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-42812024000100408
Everton Andrade
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