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PSICOLOGIA

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Comportamento - Valores - Interesses


O comportamento humano,

a tapeçaria complexa de nossas ações e reações, não emerge do vácuo. Ele é intrinsecamente moldado por duas forças motrizes profundas e interconectadas: nossos valores e nossos interesses.


Compreender essa tríade – comportamento, valores e interesses – é fundamental para desvendar a motivação por trás de nossas escolhas, a coerência (ou a falta dela) em nossas vidas e a dinâmica de nossas interações sociais.


Nossos valores atuam como a bússola moral e ética

que orienta nossas vidas. Eles representam aquilo que consideramos importante, desejável e significativo. Podem ser princípios abstratos como honestidade, justiça, liberdade, respeito, compaixão, ou qualidades mais pessoais como criatividade, ambição, lealdade.


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Comportamento Humano:

Lista de Fatores e suas Funções


O comportamento humano é um fenômeno complexo e multifacetado, influenciado por uma vasta gama de fatores interconectados. Podemos categorizar esses fatores em diversas dimensões para melhor compreender suas funções:



I. Fatores Biológicos:

  • Genética:

    • Função: Predispõe a certas características temperamentais, traços de personalidade e vulnerabilidades a transtornos mentais, influenciando padrões de comportamento desde o nascimento.

  • Sistema Nervoso (Cérebro, Medula Espinhal, Nervos Periféricos):

    • Função: Controla e coordena todas as ações, pensamentos e emoções. Áreas específicas do cérebro estão associadas a comportamentos como linguagem, memória, movimento, tomada de decisão e regulação emocional.

  • Sistema Endócrino (Hormônios):

    • Função: Libera hormônios que regulam processos fisiológicos e psicológicos, afetando humor, energia, agressividade, desejo sexual e outras motivações que influenciam o comportamento.

  • Neurotransmissores (Serotonina, Dopamina, etc.):

    • Função: Mensageiros químicos no cérebro que transmitem sinais entre os neurônios, desempenhando papéis cruciais na regulação do humor, motivação, prazer, ansiedade e outros estados que modulam o comportamento.

  • Saúde Física:

    • Função: O bem-estar físico geral, incluindo a ausência de doenças, níveis adequados de energia e sono de qualidade, influencia a disposição, o humor e a capacidade de engajamento em diferentes comportamentos.



II. Fatores Psicológicos:

  • Cognição (Pensamento, Percepção, Memória, Atenção, Linguagem):

    • Função: Processa informações do ambiente e internas, influencia a interpretação de eventos, a tomada de decisões, o planejamento de ações e a comunicação, moldando diretamente o comportamento.

  • Emoções (Alegria, Tristeza, Raiva, Medo, etc.):

    • Função: Estados afetivos que motivam e direcionam o comportamento, influenciando reações a estímulos, a formação de relacionamentos e a busca por prazer ou evitação de dor.

  • Motivação (Intrínseca, Extrínseca):

    • Função: Impulso interno ou externo que energiza e direciona o comportamento para alcançar objetivos e satisfazer necessidades.

  • Aprendizagem (Condicionamento Clássico e Operante, Aprendizagem Social):

    • Função: Processo através do qual novas informações, habilidades e padrões de comportamento são adquiridos, modificados ou inibidos através da experiência e da observação.

  • Personalidade (Traços, Temperamento, Caráter):

    • Função: Padrões relativamente estáveis de pensar, sentir e agir que distinguem os indivíduos e influenciam a consistência do comportamento ao longo do tempo e em diferentes situações.

  • Atitudes (Crenças, Sentimentos, Tendências Comportamentais):

    • Função: Avaliações positivas ou negativas de pessoas, objetos, ideias ou situações que predispoem a um determinado comportamento em relação a eles.

  • Autoestima e Autoeficácia:

    • Função: A avaliação do próprio valor e a crença na própria capacidade de ter sucesso influenciam a disposição de se engajar em diferentes comportamentos, a persistência diante de desafios e a resiliência.




III. Fatores Sociais:

  • Cultura:

    • Função: Fornece normas, valores, crenças e práticas compartilhadas que moldam as expectativas de comportamento em diferentes situações e influenciam o desenvolvimento da identidade social.

  • Normas Sociais:

    • Função: Regras implícitas ou explícitas que governam o comportamento em grupos e na sociedade, influenciando a conformidade e a evitação de sanções sociais.

  • Grupos de Referência (Família, Amigos, Colegas):

    • Função: Fornecem modelos de comportamento, influenciam atitudes e valores, e exercem pressão social que pode moldar as ações individuais.

  • Status e Papéis Sociais:

    • Função: Posições que um indivíduo ocupa em um grupo ou na sociedade, com expectativas de comportamento associadas a cada papel.

  • Interações Sociais:

    • Função: A natureza e a qualidade das interações com outras pessoas (cooperação, competição, conflito, apoio) influenciam diretamente o comportamento em situações sociais.

  • Influência Social (Conformidade, Obediência, Persuasão):

    • Função: Processos pelos quais o comportamento de um indivíduo é afetado pelas ações ou pela presença de outras pessoas.





IV. Fatores Ambientais:

  • Ambiente Físico (Clima, Espaço, Recursos):

    • Função: Pode influenciar o humor, os níveis de estresse e as oportunidades para certos comportamentos (por exemplo, um ambiente seguro pode encorajar a exploração).

  • Contexto Situacional:

    • Função: As características específicas de uma situação imediata (por exemplo, estar em uma festa versus uma reunião formal) evocam diferentes normas e expectativas de comportamento.

  • Tecnologia e Mídia:

    • Função: A exposição a diferentes formas de mídia e a interação com a tecnologia podem influenciar atitudes, valores, percepções da realidade e padrões de comportamento.




Interação Complexa:

É crucial entender que esses fatores não operam isoladamente.


O comportamento humano é o resultado da interação dinâmica e complexa entre esses diferentes níveis de influência.


Por exemplo, a predisposição genética para a ansiedade pode interagir com experiências de vida estressantes e normas sociais que desencorajam a expressão de vulnerabilidade, resultando em padrões específicos de comportamento ansioso.


Compreender a função de cada um desses fatores nos ajuda a ter uma visão mais holística e nuanced do porquê as pessoas se comportam da maneira como se comportam. Essa compreensão é fundamental em diversas áreas, como psicologia, sociologia, educação, marketing e gestão de pessoas.







Relação entre os Fatores do Comportamento Humano

Por Everton Andrade


  • Ambiente - Informações

  • Sentidos - Estímulos

  • Ambiente - Informações - Sentidos - Estímulos

  • Experiências - Aprendizagem

  • Estímulos - Experiências - Aprendizagem

  • Aprendizagem - Crenças

  • Crenças - Pensamentos - Escolhas - Atitudes

  • Sentimentos - Pensamentos - Interpretação

  • Pensamento - Emoções - Interpretações

  • Pensamentos - Crenças - Carcterísticas pessoais - Capacidades

  • Pensamentos - Crenças - Expectativas

  • Pensamentos - Crenças - Interesses - Motivação

  • Experiências - Pensamentos - Crenças - Interesses - Motivação - Escolhas - Ações

  • Crenças - Ações ou Ações baseadas em crenças

  • Ações - Consequências

  • Consequências positivas - Fortalecendo as crenças

  • Crenças fortalecidas - Ações fortalecidas

  • Os fatores acima demonstram papel ativo do indivíduo na construção de seus interesses através de suas experiências de aprendizagem




  • Sentidos - Estímulos: Nossos sentidos são as portas de entrada para os estímulos do mundo exterior. O indivíduo ativamente seleciona a que estímulos prestar atenção, influenciando a informação que será processada.


  • Experiências - Aprendizagem: As experiências vividas são a matéria-prima para a aprendizagem. O indivíduo não é um receptor passivo; ele interpreta, internaliza e integra essas experiências, construindo seu conhecimento e habilidades de forma única.


  • Estímulos - Experiências - Aprendizagem: A sequência enfatiza que a aprendizagem é mediada pela experiência, que por sua vez é iniciada pela percepção de estímulos. O indivíduo age ao interagir com os estímulos, transformando-os em experiências significativas que levam à aprendizagem.


  • Aprendizagem - Crenças: O que aprendemos ao longo da vida forma a base de nossas crenças sobre o mundo, sobre nós mesmos e sobre os outros. O indivíduo constrói ativamente seu sistema de crenças através da interpretação da aprendizagem.


  • Crenças - Pensamentos - Escolhas - Atitudes: Nossas crenças influenciam nossos pensamentos, que por sua vez moldam as escolhas que fazemos e as atitudes que adotamos. O indivíduo age de acordo com seu sistema de crenças, exercendo sua capacidade de pensar e escolher.


  • Sentimentos - Pensamentos - Interpretação: Nossos sentimentos influenciam nossos pensamentos, mas também a maneira como interpretamos os eventos. O indivíduo não reage passivamente aos sentimentos, mas os processa e atribui significado através do pensamento.


  • Pensamentos - Crenças - Características pessoais - Capacidades: Nossos pensamentos são moldados por nossas crenças, que também estão interligadas com nossas características pessoais e o desenvolvimento de nossas capacidades. O indivíduo utiliza seu aparato cognitivo e suas crenças para desenvolver e expressar suas características e capacidades.


  • Pensamentos - Crenças - Expectativas: Nossos pensamentos, enraizados em nossas crenças, levam à formação de expectativas sobre o futuro e sobre os resultados de nossas ações. O indivíduo antecipa e planeja com base nessas expectativas construídas ativamente.


  • Pensamentos - Crenças - Interesses - Motivação: Nossos pensamentos e crenças influenciam o que nos atrai (interesses) e o que nos impulsiona a agir (motivação). O indivíduo desenvolve seus interesses e sua motivação de forma ativa, com base em sua estrutura cognitiva e de crenças.


  • Experiências - Pensamentos - Crenças - Interesses - Motivação - Escolhas - Ações: Esta sequência abrangente ilustra como as experiências são processadas através do pensamento e das crenças, influenciando o desenvolvimento de interesses e motivações, que por sua vez guiam as escolhas e, finalmente, as ações. O indivíduo é o agente ativo em cada etapa desse processo.


  • Crenças - Ações ou Ações baseadas em crenças: Esta relação direta enfatiza como nossas crenças servem como um fundamento para nossas ações. O indivíduo age de maneira consistente com aquilo em que acredita.


  • Ações - Consequências: Nossas ações geram consequências, que podem ser positivas ou negativas. O indivíduo aprende com essas consequências.


  • Consequências positivas - Fortalecendo as crenças: Consequências positivas tendem a reforçar as crenças que levaram a essas ações. O indivíduo internaliza o sucesso como uma validação de suas crenças.


  • Crenças fortalecidas - Ações fortalecidas: Crenças mais fortes tendem a levar a ações mais consistentes e reforçadas. O indivíduo age com maior convicção quando suas crenças são firmes.





A Conexão com o Papel Ativo na Construção de Interesses:

A última afirmação, "Os fatores acima demonstram papel ativo do indivíduo na construção de seus interesses através de suas experiências de aprendizagem," é diretamente suportada pelas relações listadas. Veja como:


  • Experiências: O indivíduo se engaja ativamente no mundo, vivenciando diversas situações que servem como base para a aprendizagem.

  • Aprendizagem: O indivíduo processa essas experiências, extraindo informações e formando associações que moldam suas crenças.

  • Crenças: As crenças sobre o que é valioso, interessante, possível e sobre si mesmo influenciam diretamente o que atrai sua atenção e desperta seu interesse.

  • Pensamentos: O indivíduo pensa sobre suas experiências e crenças, explorando diferentes ideias e possibilidades, o que pode levar à descoberta de novos interesses.

  • Motivação: Os interesses, por sua vez, geram motivação para se engajar em atividades relacionadas, criando um ciclo de exploração e aprofundamento do interesse.

  • Escolhas e Ações: O indivíduo escolhe ativamente se envolver em atividades que considera interessantes, o que proporciona mais experiências de aprendizagem que podem fortalecer ou modificar seus interesses.


Em suma, a sua lista de relações destaca a agência do indivíduo em todo o processo. Não somos meros receptores passivos de estímulos, mas sim agentes ativos que interpretam, aprendem, formam crenças, pensam, sentem, fazem escolhas e agem com base em suas próprias construções internas. É essa atividade constante de processamento e interação com o mundo que leva à formação e evolução dos nossos interesses.



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REFERÊNCIAS


Teoria do Interesse (Krapp, Hidi & Renninger):

  • Hidi, S., & Renninger, K. A. (2006). The four-phase model of interest development. Educational Psychologist, 41(2), 111-127. (Este artigo detalha o modelo de quatro fases do desenvolvimento do interesse).

  • Krapp, A. (2007). Interest and human development during adolescence: An educational-psychological approach. Educational Psychology Review, 19(1), 1-31. (Oferece uma perspectiva sobre o papel do interesse no desenvolvimento adolescente).

  • Renninger, K. A., Hidi, S., & Krapp, A. (Eds.). (1992). The role of interest in learning and development. Lawrence Erlbaum Associates. (Uma coletânea de trabalhos que exploram a importância do interesse na aprendizagem).

Teoria Sócio-Cognitiva da Carreira (Lent, Brown & Hackett):

  • Lent, R. W., Brown, S. D., & Hackett, G. (1994). Toward a unifying social cognitive theory of career and academic interest, choice, and performance [Monograph]. Journal of Vocational Behavior, 45(1), 79-122. (Apresenta a formulação inicial da TSCC).   

  • Lent, R. W., & Brown, S. D. (2006). Social cognitive career theory and the prediction of academic success and the transition to work. Annual Review of Psychology, 57, 339-366. (Uma revisão abrangente da teoria e suas aplicações).

  • Lent, R. W., Brown, S. D., & Hackett, G. (2002). Social cognitive career theory. In D. Brown & L. Brooks (Eds.), Career choice and development (4th ed., pp. 255-311). Jossey-Bass. (Um capítulo de livro que explica detalhadamente a teoria).   

Estudos e Livros Gerais sobre Comportamento Humano e Motivação:

  • Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2017). Self-determination theory: Basic psychological needs in motivation, development, and wellness. Guilford Press. (A obra fundamental sobre a Teoria da Autodeterminação, que embasa a motivação intrínseca e o desenvolvimento de interesses).   

  • Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action: A social cognitive theory. Prentice-Hall. (A teoria geral da qual a TSCC deriva, explicando o papel da autoeficácia e da aprendizagem social no comportamento).

  • Schunk, D. H., Meece, J. L., & Pintrich, P. R. (2014). Motivation in education: Theory, research, and applications (4th ed.). Pearson. (Um livro que aborda diversas teorias da motivação, incluindo o papel do interesse na aprendizagem).

  • Ormrod, J. E. (2020). Human learning (9th ed.). Pearson. (Um livro de texto sobre aprendizagem humana que explora como as experiências influenciam o desenvolvimento de crenças e comportamentos).

Artigos de Pesquisa Específicos (Exemplos):

  • Ainley, M., Hidi, S., & Ainley, J. (2013). Navigating rough waters: How interest and emotions relate to engagement and achievement in learning. Learning and Instruction, 23, 97-108. (Um exemplo de pesquisa que explora a relação entre interesse, emoções e comportamento de aprendizagem).

  • Harackiewicz, J. M., Smith, J. L., & Priniski, S. J. (2016). Interest matters: The importance of promoting motivation in education. Policy Insights from the Behavioral and Brain Sciences, 3(1), 21-29. (Um artigo que discute a importância do interesse no contexto educacional).

Ao buscar por esses autores e títulos em bases de dados acadêmicas (como PsycINFO, Web of Science, Scopus) e em bibliotecas universitárias, você encontrará um vasto corpo de pesquisa que fundamenta a relação entre os fatores do comportamento humano e a formação de interesses.





  1. Brown, B. (2012). Ousando muito: como a coragem de ser vulnerável transforma a maneira como vivemos, amamos, criamos e lideramos. Avery.

    • Relação com o tema: A vulnerabilidade pode influenciar a disposição de um indivíduo a explorar novos interesses, especialmente aqueles que envolvem risco de falha ou exposição pessoal. A coragem de se permitir ser vulnerável pode abrir caminho para novas experiências e, consequentemente, para a descoberta de novos interesses.

  2. Deci, EL e Ryan, RM (2017). Teoria da autodeterminação: Necessidades psicológicas básicas em motivação, desenvolvimento e bem-estar. Guilford Press.

    • Relação com o tema: Como já discutimos, a Teoria da Autodeterminação é fundamental para entender a motivação intrínseca, que está na base do desenvolvimento de interesses genuínos e duradouros. A satisfação das necessidades de autonomia, competência e relacionamento é crucial para o engajamento e a internalização de interesses.

  3. Duckworth, AL (2016). Garra: O poder da paixão e da perseverança. Scribner.

    • Relação com o tema: A "garra" (paixão e perseverança por objetivos de longo prazo) está intimamente ligada à manutenção e ao aprofundamento de interesses. Um interesse genuíno pode alimentar a paixão, e a perseverança permite superar os desafios inerentes ao desenvolvimento de habilidades e conhecimentos em uma área de interesse.

  4. Fredrickson, BL (2009). Positividade: Pesquisa inovadora revela como abraçar a força oculta das emoções positivas, superar a negatividade e prosperar. Crown.

    • Relação com o tema: Emoções positivas podem ampliar o foco de atenção e encorajar a exploração de novas ideias e atividades, o que pode levar à descoberta de novos interesses. Experiências positivas associadas a uma atividade aumentam a probabilidade de desenvolver interesse por ela.

  5. Goleman, D. (1995). Inteligência emocional. Bantam Books.

    • Relação com o tema: A inteligência emocional (a capacidade de reconhecer e gerenciar as próprias emoções e as emoções dos outros) pode influenciar a forma como um indivíduo se relaciona com seus interesses e como persevera diante de desafios. A autoconsciência emocional pode ajudar a identificar o que realmente gera interesse e a motivação intrínseca.

  6. Kabat-Zinn, J. (2013). Vivendo a catástrofe plena: usando a sabedoria do seu corpo e da sua mente para enfrentar o estresse, a dor e a doença. Bantam Books.

    • Relação com o tema: Embora não diretamente ligado à formação de interesses, o mindfulness (atenção plena) pode aumentar a consciência das próprias experiências e reações, o que pode facilitar a identificação de atividades que genuinamente despertam interesse e proporcionam satisfação.

  7. Mayer, JD, Salovey, P., & Caruso, DR (2016). O modelo de capacidade da inteligência emocional. Yale University Press.

    • Relação com o tema: Similar ao livro de Goleman, este trabalho explora a inteligência emocional como uma habilidade cognitiva que envolve a percepção, o uso, o entendimento e o gerenciamento de emoções. Essa capacidade pode influenciar a forma como os indivíduos exploram seus interesses e lidam com as emoções associadas a eles (frustração ao aprender algo novo, alegria ao ter sucesso, etc.).

Como usar essas referências em sua pesquisa sobre a formação de interesses:

Você pode integrar os conceitos dessas obras em sua discussão sobre a formação de interesses, mesmo que não sejam o foco principal delas:

  • Motivação Intrínseca: Utilize a Teoria da Autodeterminação (Deci & Ryan) para explicar o papel da autonomia, competência e relacionamento no desenvolvimento de interesses genuínos.

  • Perseverança e Paixão: Conecte a ideia de "garra" (Duckworth) com a persistência necessária para desenvolver um interesse ao longo do tempo, especialmente diante de obstáculos.

  • Emoções Positivas: Use a pesquisa sobre positividade (Fredrickson) para argumentar como experiências emocionais positivas podem ampliar a exploração e o engajamento com novas áreas, levando à descoberta de interesses.

  • Inteligência Emocional: Discuta como a inteligência emocional pode influenciar a autoconsciência dos próprios gostos e a capacidade de gerenciar as emoções relacionadas à busca e ao desenvolvimento de interesses.

  • Vulnerabilidade: Explore como a disposição de ser vulnerável (Brown) pode facilitar a experimentação de novas atividades e a descoberta de interesses fora da zona de conforto.




Língua Brasileira de Sinais e Sinais – Libras


A história dos surdos é rica e complexa, marcada por desafios e conquistas significativas.

https://gemini.google.com/

Primeiros Registros e Educação Inicial


Antiguidade: Há registros de pessoas surdas na Grécia e Roma antigas, onde a surdez era muitas vezes mal compreendida e associada a outras deficiências.


Século XVI: Surgem os primeiros esforços sistemáticos para educar pessoas surdas. Pedro Ponce de León, um monge espanhol, é frequentemente creditado como o primeiro a desenvolver métodos de ensino para surdos.


Desenvolvimento de Comunidades Surdas


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O Gestuno, atualmente mais conhecido como International Sign (IS) ou Língua de Sinais Internacional, é um sistema de comunicação visual utilizado principalmente em eventos internacionais que reúnem pessoas surdas de diferentes países. É importante entender que o Gestuno não é uma língua natural completa como a LIBRAS, a ASL ou outras línguas de sinais nacionais.

Aqui estão os pontos chave sobre o Gestuno:

  • Língua Auxiliar: O Gestuno funciona como uma língua auxiliar ou um sistema de contato, criado para facilitar a comunicação básica entre pessoas que não compartilham a mesma língua de sinais nativa.

  • Não possui gramática própria: Diferentemente das línguas de sinais naturais, o Gestuno não possui um sistema gramatical complexo e padronizado. As pessoas que o utilizam tendem a aplicar a gramática de suas próprias línguas de sinais ao usar os sinais do Gestuno.

  • Vocabulário limitado: O vocabulário do Gestuno é geralmente mais restrito, focando em conceitos e termos comuns utilizados em contextos internacionais, como reuniões, conferências, esportes (como as Surdolimpíadas) e viagens.

  • Sinais icônicos e arbitrários: O Gestuno utiliza uma mistura de sinais icônicos (que se assemelham visualmente ao que representam) e sinais arbitrários (cujo significado não é óbvio visualmente e precisa ser aprendido).

  • Desenvolvimento histórico: O Gestuno começou a ser desenvolvido na década de 1950 pela Federação Mundial de Surdos (WFD) com o objetivo de criar uma forma de comunicação comum para eventos internacionais. O termo "Gestuno" caiu em desuso, sendo substituído por "International Sign" (IS).

  • Uso em contextos específicos: O IS é mais comumente usado em situações formais internacionais, como apresentações, discursos e transmissões online de eventos com público surdo de diversas nacionalidades.

  • Não é uma língua materna: Ninguém aprende o IS como sua primeira língua. Ele é aprendido como uma segunda língua ou como uma ferramenta de comunicação para contextos específicos.

  • Variações e evolução: Como não é uma língua formalmente estabelecida com regras gramaticais rígidas, o IS pode apresentar variações dependendo dos interlocutores e do contexto. Ele também continua a evoluir com o uso.

Em resumo, o Gestuno ou International Sign é uma ferramenta valiosa para a comunicação intercultural entre pessoas surdas em um contexto global, mas não substitui a necessidade de aprender as línguas de sinais nacionais para uma comunicação plena e rica dentro de uma comunidade surda específica, como a comunidade surda brasileira que utiliza a LIBRAS.



MEDIAÇÃO DE CONFLITOS



A mediação de conflitos

é um método de resolução de disputas

no qual um terceiro imparcial, o mediador,

facilita a comunicação entre as partes envolvidas.

O objetivo é que as próprias partes encontrem uma


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PALESTRA - AUTOCUIDADE E MEDIAÇÃO DE CONFLITOS 30/04/2025



















Os Estados Unidos são considerados o berço da mediação moderna, especialmente com a criação de métodos como o Multi-Door Courthouse e a Uniform Mediation Act


. ANegociação de Harvardé um dos métodos mais conhecidos e eficazes, desenvolvido por Roger Fisher e William Ury, focando em princípios como separar as pessoas do problema, focar nos interesses, gerar opções e usar critérios objetivos




Livro: "Como Chegar ao Sim"

O livro "Como Chegar ao Sim" (Getting to Yes) é uma obra fundamental sobre negociação, escrita por Roger Fisher e William Ury. Ele aborda técnicas para alcançar acordos vantajosos para todas as partes envolvidas




Princípios da Negociação de Harvard:

  1. Posições: As demandas iniciais das partes.

  2. Necessidades: Os interesses subjacentes que motivam as posições.

  3. Valores: Os princípios e crenças que influenciam as partes.

  4. Construir Objetos Compartilhados: Criar soluções que atendam aos interesses de todos.

  5. Ampliar a Visão: Explorar novas perspectivas e possibilidades para resolver o conflito




Construir Objetos Compartilhados:

Este conceito envolve criar soluções que sejam mutuamente benéficas e que atendam aos interesses de todas as partes envolvidas




Ampliar a Visão:

Ampliar a visão significa explorar novas perspectivas e possibilidades, saindo da zona de conforto e buscando soluções inovadoras







A mediação de conflitos enfrenta diversos desafios

que podem impactar sua eficácia e aceitação.



1. Mudança de Paradigmas Culturais

A cultura do litígio é profundamente enraizada em muitas sociedades, incluindo a brasileira. Mudar essa mentalidade para uma cultura de resolução pacífica e colaborativa de conflitos é um desafio significativo .


2. Formação e Capacitação de Mediadores

A formação adequada dos mediadores é essencial para o sucesso da mediação. A falta de programas de capacitação contínua e de qualidade pode comprometer a eficácia do processo.


3. Aceitação e Conscientização

Muitas pessoas ainda desconhecem os benefícios da mediação ou têm preconceitos sobre sua eficácia. A conscientização e a educação sobre o processo de mediação são fundamentais para aumentar sua aceitação 2.


4. Integração com o Sistema Jurídico

A mediação precisa ser integrada de forma eficaz ao sistema jurídico. Isso inclui a criação de políticas públicas que incentivem seu uso e a adaptação das práticas jurídicas para acomodar métodos alternativos de resolução de conflitos 2.


5. Remuneração dos Advogados

Estabelecer critérios claros de remuneração para advogados que acompanham procedimentos de mediação é necessário para incentivar sua participação e apoio ao processo 1.


6. Preservação das Relações

Em conflitos familiares ou empresariais, a mediação deve focar na preservação das relações entre as partes, o que pode ser desafiador quando há emoções intensas envolvidas 3.


7. Complexidade dos Casos

Alguns casos podem ser muito complexos e exigir habilidades avançadas de mediação. A capacidade de lidar com esses casos de forma eficaz é um desafio contínuo3.


Esses desafios destacam a necessidade de esforços contínuos para promover e aprimorar a mediação como uma ferramenta eficaz de resolução de conflitos.











RASCUNHO E ANOTAÇÃO DA PALESTRA:

EM BREVE SERÃO ESTRUTURADAS



PALESTRA 30/04/2025


MEDIAÇÃO DE CONFLITOS E AUTOCUIDADO



BRASIL, MAIOR EM DIFICULDADES JUDICIÁRIAS


CONFLITOS CONTRATUAIS - RELAÇÕES SOCIAIS


JUDICIALIZAÇÃO DE TODOS OS CONFLITOS


- MEDIADORES DE CONFLITOS - PROFISSÃO AINDA NOVA


PALESTRANTE - ADMINISTRADORA DE EMPRESAS

DIVÓRCIO PELA MEDIAÇÃO

LEI LEGISLAÇÃO DE 2015

MEDIADOR JUDICIAL DE CONFLITOS

TRANSIÇÃO DE CARREIRAS


CRIAR PLANEJAMENTO PARA EVITAR CONFLITOS POSTERIORES



PROCESSOS JUDICIAIS NÃO SÃO REALIZADOS COM COLABORAÇÃO

PROCESSOS RÍGIDOS

INSATISFAÇÃO DOS DOIS LADOS

FALTA DO SENTIMENTO DE JUSTIÇA

SENTIMENTO DE JUSTIÇA É RECONFORTANTE


SOLUÇÃO ALTERNATIVA/ADEQUADA - MEDIAÇÃO DE CONFLITOS


ESTADOS UNIDOS - 70% MEDIAÇÃO - 30% JUDICIÁRIOS


BRASIL - BONS MEDIADORES ACABAM TRABALHANDO NA PARTE PRIVADA


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PRINCÍPIOS DA MEDIAÇÃO

POSTURA E LAMBIENTE

LEI 13140/2015


IMPARCIALIDADE

CONVERSA

INFORMAL

CONFIDENCIALIDADE

BOA FÉ


REGRAS DA REUNIÃO


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TÉCNICAS E FERRAMENTAS DE MEDIAÇÃO


ESCUTA ATIVA, ABERTA... DIFERENTE DE OUVIR

PERGUNTAS ABERTAS

REFORMULAÇÃO POSITIVA

RESUMOS PERIÓDICOS

ESPELHAMENTO

RAPPORT - CARACTERÍSTICAS PESSOAIS - CRIAR CONEXÃO - ESPELHAMENTO

COUCUS - SESSÃO PRIVADA -

BRAINSTORMING - GERAÇÃO DE OPÇÕES

MAPA DO CONFLITO




NOSSA IDENTIDADE SE DÁ EM RELAÇÃO



CRER PRA VER - ACREDITAR MAIS - ENCORAJAR - PARA ENCONTRAR UMA SOLUÇÃO




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PENSAR DIFERENTE


COLOCAR 6 PREGOS EM CIMA DE UM PREGO




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ESTADOS UNIDOS É O BERÇO DA MEDIAÇÃO MODERNA

NEGOCIAÇÃO DE HARVARD

LIVRO:COMO CHEGAR AO FIM


POSIÇÕES


NECESSIDADES


VALORES


CONSTRUIR OBJETOS COMPARTILHADOS


AMPLIAR A VISÃO


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ETAPAS DO PROCEDIMENTO COLABORATIVO


1- ADESÃO AO PROCESSO

2 - REUNIÕES DE INFORMAÇÕES E DOCUMENTOS


6 ACORDO


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WILHAM URIAN

ESCOLA DA NEGOCIAÇÃO DE HARVARD

LIVRO O HOMEM QUE CALCULAVA DE MALBA TAHAN


OS CONFLITANTES NÃO CONSEGUEM OBSERVAR E ENCONTRAR SOLUÇÕES


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A TEORIA DO CONFLITO

ESTAMOS CARREGADOS DO ESTIGMA DO CONFLITO

CONFLITO É DIFERENTE DE DCONFRONTO

NÃO É NECESSÁRIO DEGLADIAR


CONFLITOS SÃO INEVITÁVEIS

QUALIDADE DAS RELAÇÕES - É A FORMA DE COMO LIDAMOS COM OS CONFLITOS

SEMPRE ESTAMOS MOVIDOS POR ALMGUMA ANGÚSTIA


CONFLITOS ENTRAPESSOAL - INTRAPESSOAL - ESTRUTURAL



COMPETIÇÃO

ACOMODAÇÃO

EVASÃO - PESSOAS QUE NÃO ENTRAM

COLABORAÇÃO - MEDIAÇÃO - POSSIBILIDADE DE CONSTRUIR SOLUÇÕES EM CONJUNTO



SOMOS FEITOS DECONTRADIÇÕES


PAZ PLENA É FANTASIA


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ESTUDO DE HARVARD - 80 ANOS

O QUE IMPACTA MAIS A QUALIDADE DE VIDA DAS PESSOAS = RELAÇÕES



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O DEBATE NÃO DEVE SIMPLIFICAR O MUNDO

MÚLTIPLAS VERDADES EM JOGO

MULTIPLAS VISÕES

DAR CONTA DA COMPLEXIDADE

AMBIVALÊNCIA

DILEMAS

DIVERSIDADES DE PERCEPÇÃO

APRENDER A DIVERGIR


IMAGEM DA VELHA E MOÇA

IMAGEM DO VELHO E OS CAMPONESES



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UMA CRÍTICA É UM ATESTADO AUTOBIOGRÁFICO?


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CONFLITOS SÃO ENIGMAS COMPLEXOS


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EM VEZ DE CONFLITAR

PESQUISAR

BUSCAR SOLUÇÃO


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ESCUTA

INDETERMINAÇÃO DA VERDADE


O FOCO ESTÁ E APLIAR HORIZONTES


AQUELA QUE SUPORTA A INCERTEZA

PARTICIPAR DE UMA EXPERIENCIA MAIOR, ABERTA,

RENUNCIAR ATITUDES E POSIÇÕES DE PODER


DEIXAR QUE LINGUAGEM E A EXPERIÊNCIA ESTEJA EM PRIMEIRO LUGAR


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PROIBIDO ADIVINHAR

OBRIGATÓRIO PERGUNTAR E ENTENDER

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ESCUTA CONECTA

ESCUTA TRAZ RELAÇÕES CONCRETAS

NECESSÁRIO A HUMANIZAÇÃO

HUMANIZAÇÃO É FALAR DAS IMPERFEIÇÕES, FRACASSOS E MEDOS

ABRIR MÃO

MEDO DE SE MOSTRAR FRÁGIL E ERRANTE

MEDO DE SE EXPOR



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ARIANO SUASSSUNA


TUDO O QUE É RUIM DE PASSAR É BOM DE CONTAR



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COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA - MARSHAL ROSEMBERG - LIVRO


DIÁLOGO SINCERO

ENFRENTAR AS PRÓPRIAS VUNLNERABILIDADES

COMO CAMINHO PARA RELAÇÕES MAIS PROFUNDAS



SENTIR É O COMEÇO DA CONEXÃO


SENTIMENTOS SÃO SINAIS DE NECESSIDADES ATENDIDAS E NÃO ATNDIDAS



EMOÇÕES BOAS E RUINS - CONFORTÁVEIS E NÃO CONFORTÁVEIS - SINAIS INTERNOS

NÃO EXISTEM SENTIMENTOS ERRADOS


QUAIS OS PASSOS DA COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA


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QUADRO CNV - EMOÇÕES E NECESSIDADES




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AUTOCUIDADO É

PARAR DE FUGIR DOS CONFLITOS INTERNOS



FROID

SUBJETIVIDADE HUMANA É FEITA DE CONFLITOS

COMPROMISSO BOM OU RUIM COM NOSSOS CONFLITOS



QUANDO VOCÊ PAROU PARA SE ESCUTAR DE VERDADE?



COMO VOCÊ CONTA A SUA VIDA?


COMO VOCÊ VÊ A SUA VIDA?




PESQUISA DE SI PERMANENTE

PERMITE REESCREVER SUA HISTÓRIA DE MANEIRA SUPORTÁVEL


HUMANIZAR OS ATORES DE NOSSAS HISTÓRIAS


PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO


Preconceito e Discriminação

Preconceito

  • Concepção antecipada: Preconceito é uma opinião ou sentimento formado sem conhecimento, reflexão ou razão.

  • Sem fundamentação: Essas opiniões não têm base em fatos ou evidências.

  • Sem informações pertinentes: O preconceito é formado sem considerar informações relevantes ou verdadeiras.


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